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Livro: Nu, de Botas / Autor: Antonio Prata
Editora: Companhia das Letras / Gênero: Crônicas / Literatura Brasileira
Páginas: 140 / Ano: 2013
Skoob

Sabe aquele livro que a gente lê e tem vontade de mais? este é um bom exemplo. Uma leitura que estava tão envolvente e leve de repente chega ao fim e você torce para que tenha mais páginas, mas não tem! rsrs.

Algo mais sutil, porém, passaria a me pinicar, daquela noite em diante: se eles não sabiam nem a função da cueca, como confiar no resto?"

Nu, de Botas é o que podemos chamar de uma biografia da infância do autor Antônio Prata, contada de uma forma tão gostosa de ser lida, que em muitas passagens me identifiquei demais. Talvez por ter uma idade parecida com a do autor (muito do que ele viveu e viu na tv , na música, eu também vi e presenciei) e também porque ele trata de assuntos que são dúvida/espantamento/algo novo para todas as crianças talvez. Em certos trechos do livro me vi rindo, lembrando de minha infância, sentindo o gostinho saudoso da vida sem preocupações grandes, sem grandes aflições, vivida devagar e apreciada como deve ser. Pessoas que nasceram entre os anos de 70 e 80 vão se identificar muito com várias falas do autor e isso te faz muito próximo da leitura, você entende as sacadas. É uma delícia ler livros que te teletransportam, e este com certeza é um deles (e agora tô percebendo o quanto estou ficando velha né? kkkk...)

É um livro que entrou para os favoritos, que recomendo muito e que me fez ficar com vontade de ler outras crônicas de Antonio Prata.

Quantas manhãs não fiquei ali deitado, grunhindo, fazendo cara de farrapo humano, para acabar ouvindo as cinco palavras mais frustrantes da infância: "Trinta e seis e meio". 


Sinopse: Em Nu, de botas, Antonio Prata revisita as passagens mais marcantes de sua infância. As memórias são iluminações sobre os primeiros anos de vida do autor, narradas com a precisão e o humor a que seus milhares de leitores já se habituaram na Folha de S.Paulo, jornal em que Prata escreve semanalmente desde 2010.
Aos 36 anos, Prata é o cronista de maior destaque de sua geração e um dos maiores do país. São de sua lavra alguns bordões que já se tornaram populares - como “meio intelectual, meio de esquerda”, título de seu livro anterior e de um seus textos mais célebres -, bem como algumas das passagens mais bem-humoradas da novela global Avenida Brasil, em que atuou como colaborador de João Emanuel Carneiro. Prata também é um dos integrantes da edição Os melhores jovens escritores brasileiros, da revista inglesa Granta. 
As primeiras lembranças no quintal de casa, os amigos da vila, as férias na praia, o divórcio dos pais, o cometa Halley, Bozo e os desenhos animados da tevê, a primeira paixão, o sexo descoberto nas revistas pornográficas - toda a educação sentimental de um paulistano de classe média nascido nos anos 1970 aparece em Nu, de botas. 
O que chama a atenção, contudo, é a peculiaridade do olhar. Os textos não são memórias do adulto que olha para trás e revê sua trajetória com nostalgia ou distanciamento. Ao contrário, o autor retrocede ao ponto de vista da criança, que se espanta com o mundo e a ele confere um sentido muito particular - cômico, misterioso, lírico, encantado.



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