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Livro: Anna e o Homem das Andorinhas
 Autor (a): Gavriel Savit
Editora: Fabrica 231  / Gênero: Literatura Estrangeira
Páginas: 272 / Ano: 2016
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        Oie Gente! Tudo bem por aí? Espero que sim! Hoje a resenha que trago é do livro Anna e o Homem das Andorinhas, livro de estréia de Gavriel Savit, publicado pela editora Fabrica 231. Ambientado na segunda guerra mundial, e tendo como pano de fundo o nazismo, este é aquele tipo de livro que vai mexer com o seu coração.

        Comprei porque gosto muito de livros que trazem esse tipo de tema: nazismo, história, guerras e afins, gosto de ler às vezes alguma coisa mais nesse tom, apesar de triste. Como muitos desses livros nos trazem lições valiosíssimas, fico depois de ler com aquela sensação que há sempre algo de bom que podemos tirar desses eventos e que o ser humano tem várias facetas, se não nos policiarmos o mal vence dentro da gente. 

        O livro tem uma capa linda e eu amo andorinhas, então me apaixonei pelo título. Não foi o meu livro lido favorito do tema, mas a narrativa me prendeu de uma forma bem tranquila e gostosa. Gavriel escreve muito bem, e algumas de suas frases soam com aquele tom de parábola, trazem uma entonação mais lírica aos acontecimentos. 


        Anna é uma garotinha que vive na Cracóvia com seu pai. Seu pai é professor e de vez em quanto deixava Anna aos cuidados do farmacêutico da cidade para poder trabalhar, julga Anna. Porém certo dia, Anna esperou e esperou e esperou por seu pai, mas ele não voltou. O farmacêutico não podia se responsabilizar por ela, e tratou de dispensar a menina ao cair da noite. Anna ficou sozinha na frente da porta do apartamento de seu prédio esperando pelo pai. Como ele não voltou, no outro dia apareceu na farmácia novamente, mas não foi recebida com bons olhos. Um homem de aparência estranha que estava por lá viu o acontecido e resolveu ajudar a menina. O que ele não esperava é que teria que cuidar permanentemente dela. Parece que Anna não sabe se cuidar sozinha e não tem por perto nenhum adulto que ela conheça que possa cuidar dela. 

        O homem misterioso, tocado pela história de Anna resolve ajudá-la. E Anna se põe a seguir o homem em sua jornada, sem saber ao certo se o que está fazendo é correto. O homem misterioso tem certo problema com nomes. Ele diz a Anna que ter um nome na atual conjuntura de cenário na qual vivem não é seguro, e propondo jogos para deixar o assunto mais leve para Anna, acaba por ganhar o nome de Homem das Andorinhas, porque ama pássaros e consegue imitar o som de andorinhas. O Homem das Andorinhas também diz a Anna que seu pai não foi um homem mal, mas que provavelmente deve ter sido pego por um desses homens que ou são lobos ou são ursos. E Anna e o Homem das Andorinhas devem fugir de ambos. 


Os seres humanos são a melhor esperança do mundo para a sobrevivência de outros seres humanos. E quando o número de seres humanos, além de si mesmo, num determinado lugar, numa determinada época, aproxima-se de um, a esperança de ajuda cresce exponencialmente.

        E assim, sem rumo, os dois sobrevivem, viajando de lá para cá, de cá para lá. Acompanhar a peregrinação dos dois é triste, pois o autor não deixa claro se ambos são Judeus, mas precisam se esconder sempre que enxergam ao longe homens com detalhes vermelhos nas roupas. E o Homem das Andorinhas acaba por virar um pai a Anna, sobrevivendo por ele e pela menina. 

        Durante essa peregrinação, que Anna nunca sabe onde vai dar, atravessam obstáculos. Conhecem pessoas, inclusive um judeu por quem Anna se apaixona de imediato, pois seus olhos de criança descobrem a irreverência e a alegria nesse novo amigo. E apesar de saber que é perigosa a companhia de mais uma pessoa, o Homem das Andorinhas acaba por ceder e aceitar esse novo passageiro no pequeno bando. 


        A leitura desse livro tem tons de cinza, azul claro, um tom meio triste, duas pessoas improváveis que acabam com os destinos cruzados, tentando sobreviver em meio a um cenário caótico e cheio de corpos espalhados por todo lado. A delicadeza com que o Homem das Andorinhas protege Anna é muito bonita, e nos faz perceber que nem tudo está perdido. Que há humanidade até nos momentos mais tensos de nossa história. E que o poder do amor pode quebrar todas as barreiras. Um livro realmente para se meditar, para pensar a respeito e refletir. Gostei muito dessa leitura. 


Mas uma guerra é uma guerra, e é impossível proteger para sempre uma criança do mundo

Sinopse:
Cracóvia, 1939. Anna tem apenas sete anos quando seu pai, professor de linguística, é levado por soldados alemães. Ela então encontra o homem das andorinhas, uma figura misteriosa que, assim como seu pai, é capaz de se comunicar em vários idiomas, até na língua dos pássaros. Sem nada a perder, a garota decide segui-lo. Mas num mundo em guerra, tudo se prova muito perigoso. Até o homem das andorinhas.

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