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Livro: A probabilidade estatística do amor à primeira vista
 Autor (a): Jennifer E. Smith
Editora: Galera Record / Gênero: Romance / YA
Páginas: 224 / Ano: 2013
Skoob
       Oi Gente! Quem ai gosta de livro fofo, levanta a mão! heheh... hoje a resenha que trago é desse livro que estava na minha lista já faz um tempinho e só agora consegui arranjar um espaço para ler. Com essa capa mais linda do mundo, criei muita expectativa na leitura de A probabilidade estatística do amor à primeira vista, de Jennifer E. Smith, publicado pela editora Galera Record. O livro alcançou minhas expectativas, apesar de ter uma conotação um pouco diferente do que eu imaginava. Vou explicar pra vocês ;)


As pessoas que se encontram em aeroportos têm 72% mais chande de se apaixonarem que as pessoas que se encontram em outros lugares. 



       Como este livro é do selo Galera Record, nem me toquei que poderia ser uma história mais jovial, eu fui de cara comprando por conta da capa desse livro que é linda demais. Então esperava um romance entre dois adultos, mas não. O romance acontece entre dois adolescentes: Hadley e Oliver (já lembrei na hora do Arrow, da série sabe? do arqueiro? hahaha e a imagem do cara me vinha toda hora enquanto eu lia esse livro... só um comentário desnecessário aqui hauhauh). Mas o romance é apenas pano de fundo, para um tema um pouco mais profundo: a dificuldade que Hadley tem em absorver a separação dos pais. 

       Hadley e Oliver se conhecem em uma viagem de avião, e por pouco esses dois não se cruzam. É que por causa de quatro minutos, Hadley perdeu o seu voo e precisou esperar pelo voo seguinte, justamente naquele que Oliver também pegaria. Hadley está indo para Londres, para prestigiar o casamento do pai. Sim, seu pai vai se casar novamente. Com uma mulher mais jovem. Uma mulher que Hadley nunca viu. E que se pudesse evitaria conhecer. Mas sua mãe insistiu, disse que Hadley se arrependeria depois. Mas Hadley não sabe o que a mãe tem na cabeça, afinal o pai abandonou as duas para viver com outra mulher, constituir uma outra família. Hadley acredita que seu pai não mereça crédito. Afinal, estava tudo bem, o pai só iria passar alguns meses lecionando em Londres, que era o seu sonho, apoiado pela esposa, e acaba não voltando? Acaba se apaixonando por outra pessoa e pedindo o divórcio? Apesar da mãe de Hadley estar bem agora e estar namorando um cara bacana, só Hadley sabe o que a mãe passou. A mãe ficou em frangalhos com a notícia, e não foram poucas as noites que Hadley a ouviu chorando. Então não está engolindo muito bem essa história do pai se casando de novo. Não mesmo. E se ressente muito com o que aconteceu.


No final das contas, não são as mudanças que partem o coração, e sim esse quê de familiaridade.

       Quando Hadley conhece Oliver, e uma conversa acaba por terminar no relato de sua vida dentro do avião, sente que a conexão entre os dois foi muito grande para terminar apenas com um adeus na fila do desembarque. Quando de repente Oliver a beija, Hadley sabe que encontrou alguém especial. Mas na hora de pegarem suas bolsas, algo dá errado e os dois se perdem na saída do aeroporto. Mas Oliver deixou algumas pistas a Hadley, disse que também estava voando para Londres para participar de um casamento, então talvez nem tudo esteja perdido, talvez Hadley possa voltar a vê-lo... 


       No meio do livro achei que eu estava sacando a história, mas a autora conseguiu me surpreender no final. O livro basicamente nos faz pensar nesse lance de relacionamento entre pais e filha, na dificuldade que é aceitar um fim de casamento e em como as partes ficam fragilizadas, principalmente os filhos. A gente sabe que o divórcio acomete várias famílias, mas nem sempre é amigável, nem sempre todos saem bem e é difícil um divorcio que não termine com alguém machucado. Neste caso foi Hadley, que acreditou que o pai estava sendo um tremendo cretino ao deixar sua mãe para viver um romance bobo. E eu me imaginei na situação da Hadley, não deve ser fácil mesmo... os meus pais vivem um bom casamento até hoje, e são muito felizes, mas e se tivesse sido o contrário? E se eles fossem tão infelizes que uma separação poderia ter sido a melhor saída? A gente nunca sabe o que nos espera no futuro. A gente acredita que o amor é pra sempre até que de repente ele acaba. E não dá pra explicar. Mas os filhos, sempre é difícil para os filhos. Separações sempre são complicadas. Então Hadley tinha muita mágoa, afinal está com 17 anos, e não consegue entender o que não deu certo com seus pais. Acho que autora explorou muito bem essa temática, desde a negação até a aceitação, explorou os diversos sentimentos controversos que manipularam o coração de Hadley, e foi muito bom acompanhar o amadurecimento da narrativa. 

       O romance que rolou entre Hadley e Oliver posso dizer que ficou em segundo plano, não foi a ideia principal da autora, mas foi muito fofo, de qualquer modo, e vale os meus aplausos. Um livro muito bem escrito, que te deixa com um sentimento bom no final. Que te faz lembrar dos tempos das paqueras de adolescência e do coração batendo forte. Um livro bem amorzinho, de capa linda, linda, que me encantou. Recomendo a leitura, ainda mais se você tiver alguém na família que esteja passando por essa situação, de rompimento. Ler a respeito ajuda a gente a filtrar os sentimentos. 


Nem todo mundo fica 52 anos juntos, e se ficam, não faz a mínima diferenças se você faz uma promessa na frente de todo mundo. O importante é que você teve uma pessoa ao seu lado o tempo todo. Até mesmo quando tudo está dando errado. 




Sinopse:
Com uma certa atmosfera de Um dia, mas voltado para o público jovem adulto, A probabilidade estatística do amor à primeira vista é uma história romântica, capaz de conquistar fãs de todas as idades. Quem imaginaria que quatro minutos poderiam mudar a vida de alguém? Mas é exatamente o que acontece com Hadley. Presa no aeroporto em Nova York, esperando outro voo depois de perder o seu, ela conhece Oliver. Um britânico fofo, que se senta a seu lado na viagem para Londres. Enquanto conversam sobre tudo, eles provam que o tempo é, sim, muito, muito relativo. Passada em apenas 24 horas, a história de Oliver e Hadley mostra que o amor, diferentemente das bagagens, jamais se extravia.

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