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Livro: O cachorro que jogava na ponta esquerda
 Autor (a): Luis Fernando Veríssimo
Editora: Rocco Jovens Leitores / Gênero: Juvenil
Páginas: 80 / Ano: 2010
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        Olá pessoal, tudo bem com vocês? Hoje a resenha que trago aqui para o blog é do livro O cachorro que jogava na ponta esquerda, de Luis Fernando Veríssimo, publicado pela editora Rocco com o selo Rocco Jovens Leitores. E quem fez a resenha desta fez foi minha grande amiga Ana Paula dos Santos, que vai passar a dar uma força em relação às resenhas aqui no blog. A Ana também adora ler, e como sempre conversamos sobre livros, resolvi convidá-la para participar aqui do blog também. Então sempre que tiver uma resenha dela, que ela queira compartilhar, estarei mostrando aqui para vocês também ;)


        Luis Fernando Veríssimo sempre foi um de meus autores favoritos. Seus textos são leves e engraçados, e a leitura flui deliciosamente. “O cachorro que jogava na ponta esquerda” não foi diferente para mim.

        O conto, de escrita simples, conta a história de sete amigos (seis meninos e um cachorro) que jogam bola em um campinho de futebol malcuidado de bairro, e tem início com nosso narrador personagem (que não tem nome) falando sobre o Nosso Time, que é o nome que deram ao time de futebol daqueles, uma vez que não conseguiam entrar em acordo em relação ao nome, e já faz menção ao grande jogo da vida deles, que vem a ser o clímax da narração.


Nosso time não tinha nome. Na verdade, nosso time não tinha nada. Nem camiseta, nem escudo, nem hino, nem sede, nem madrinha. Nosso time só tinha a gente e nossa vontade de jogar futebol. 

        Li as primeiras páginas com um ligeiro sorriso nos lábios, pois fui transportada à infância. Passei a infância brincando com meus vizinhos na rua, e a adolescência conversando com eles na calçada. Assistindo os meninos jogando bola e muitas vezes jogando com eles. Revivi estes tempos ao longo do livro: os apelidos que um dava ao outro, os grupos fixos de amigos, aqueles colegas que apareciam do nada e sumiam da mesma forma que apareciam, as mães gritando no portão quando era hora de entrar, aquele amigo que era dono da bola (ou do jogo) e a levava embora quando a mãe o chamava (e acabava com a nossa brincadeira), os cachorros de rua que apareciam quando estávamos brincando e acabavam tornando-se nossas mascotes.

          Um dia, enquanto jogavam bola, aparece um cachorro no campo que, aos poucos, começa a interagir com os meninos e torna-se parte do time. Isso mesmo: o cachorro jogava futebol com os meninos! Como jogava pela esquerda, recebe o nome de Canhoto. Canhoto torna-se a estrela do bairro (imaginem um cachorro que joga futebol!), nunca é marcado por ninguém (vai que ele morda), e o Nosso Time passa a ser invejado.


Aos poucos o cachorro começou a participar dos jogos. Primeiro, corria pela borda do campo acompanhando os ataques do nosso time. Sempre pelo lado esquerdo. 

       Um dia, servindo de gandula, Canhoto rodeia a bola e não a quer devolver aos jogadores do Universal (ele não gostava muito deles). Só a devolve quando o árbitro vem busca-la, já que respeita autoridades.

         O Universal é um outro time de futebol da região e é o oposto do Nosso Time. Seus jogadores são esnobes, superprotegidos, desprezavam os adversários, tinham dez jogadores, uniforme completo, um nome pomposo e eram bons. Era o time dos gêmeos Moreirão e Moreirinhaque tinham o rosto igual, mas o resto do corpo era completamente diferente.

         Voltando ao Canhoto, nem é preciso dizer que os jogadores do Universal não gostam da atitude dele de impedir que pegassem a bola de volta, e ameaçam agredi-lo. Canhoto é defendido por seus fiéis amigos, e um desafio é lançado: um jogo entre o Nosso Time e o Universal. Sete contra sete, incluindo o Canhoto, com regras, um árbitro imparcial, dois tempos de quarenta e cinco minutos. A princípio, o Universal não aceita o desafio, mas acaba voltando atrás.


       Chega a hora de o Nosso Time fazer planos para o jogo. Mas... que planos? Como perder de pouco? Sim, porque o adversário é muito melhor, mas o Nosso Time não pode se deixar ser humilhado em campo. Podem até vir a perder, mas não ser humilhados. O Canhoto vale o sacrifício. Quem seria o árbitro? “Seu” Bruno da Farmácia, que dava injeções sem dó, mas não gostava de marcar pênaltis? Coronel Demétrio, que mal pode caminhar? Lúcio, um ex-jogador de futebol que bebe demais? Alguém do bairro ou de fora dele? E as regras? Cachorro tem quatro pernas ou duas pernas e dois braços? Porque há a delicada questão da mão na bola. Há ainda outras questões: acharão o Sombra, melhor jogador do time deles, mas que vive sumindo? O Sombra tem nome? Qual seria o ponto fraco do Cristo Redentor, jogador do Universal que vive marcando gols de cabeça.


          Chega o dia do grande jogo! E agora? Canhoto tem medo de rojões! O árbitro não é nem um pouco imparcial! O Roberto, goleiro do Nosso Time, está defendendo todas, mas quanto tempo ele aguentará fazer tantas defesas? Quem marcará primeiro? Quem será o grande vencedor deste jogo que marcará as vidas destes meninos para sempre? O que acontecerá com os nossos sete heróis no futuro? Se quiserem saber, leiam o livro. Vale a pena.


O campinho não era nosso, claro. Era de quem quisesse jogar e de quem chegasse primeiro.

Mesmo você que não é fã de futebol gostará desta história. Todos nós passamos por momentos de dificuldades e de superação na vida desde crianças. Todos nós tivemos momentos inesquecíveis que guardamos com grande carinho em nossos corações, todos temos histórias que queremos compartilhar com nossos filhos e netos. Este livro, para mim, não é apenas uma história sobre futebol, é sobre aqueles momentos que gostamos de reviver em nossas cabeças, deliciando-nos com eles todas as vezes que o fazemos.


É uma leitura rápida, prazerosa, e tenho certeza de que, como eu, vocês também voltarão à alguma época gostosa de suas vidas enquanto leem. As personagens são muito humanas, e talvez seja por isso que é tão fácil sentir apego por elas. Recomendo a leitura.

Essa resenha foi escrita por: Ana Paula dos Santos 


Sinopse:
Esqueça os craques, os lances ensaiados, as bolas geniais. Em O cachorro que jogava na ponta esquerda, Luis Fernando Verissimo deixa de lado os estádios, as copas e os cartolas para contar a história de um time de futebol de várzea dos menos profissionais. Nosso Time não tinha camisa, hino, nem 11 homens. Só sete, e já contando com Canhoto, o cachorro do título. Mas esse time de pernas de pau vai enfrentar a partida de suas vidas quando desafiar o organizado e profissional Universal Futebol e Regatas. Tudo contado pelos passes leves de Luis Fernando Verissimo, craque conhecido pelo drible fácil nos clichês que assolam campos e letras.

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