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Livro: A ilusão do tempo
 Autor (a): Andri Snaer Magnason
Editora: Morro Branco / Gênero: Fantasia / Ficção
Páginas: 320 / Ano: 2017
Skoob / Amazon / Saraiva

        Olá gente linda! Tudo bem? Espero que sim! Vamos para a resenha de hoje? Livro lançamento, fresquinho, fresquinho da editora Morro Branco (editora que está sendo uma das queridinhas desse ano, só lançamento top gente). Esse foi mais um lançamento dessa editora esse ano que me surpreendeu e me fez querer gritar aos quatro ventos como essa história é genial. O livro é: A ilusão do tempo, escrito por Andri Snaer Magnason e foi muito premiado. Bom, de cara já me apaixonei pela capa, ta linda, linda e fiquei muito curiosa com a premissa do livro.




        Esse livro tem um toque de fábula, e como eu AMO fábulas me identifiquei muito com a leitura. Ele traz aquele tipo de mensagem subliminar, que nos dá um puxão de orelha de leve, e nos faz refletir sobre temas bastante singulares.

        O livro nos traz como personagens principais Vitória e Obsidiana. Vitória vive em um mundo onde se é possível controlar o tempo. A empresa que é responsável por vender máquinas que proporcionam ao ser humano congelar o tempo se chama TIMAX. Essa empresa vende o lindo sonho de você poder se trancar dentro de um “caixão” e aguardar por dias melhores sem gastar nadinha do seu tempo, poupando sua vida de forma a viver somente dias bons.


        É mais ou menos assim: hoje o dia está chuvoso, e eu detesto dias chuvosos, então eu me deito nessa máquina e a programo para só acordar quando houver o próximo dia ensolarado. Então quando o sol sai novamente, a máquina desperta, proporcionando assim um dia alegre e ensolarado para a pessoa que não quis viver dias nublados. Se você odeia o mês de fevereiro, você pode pulá-lo todinho, basta se deitar na máquina e abrir os olhos novamente que já estará em Março. E o mais interessante é que essa máquina congela o tempo enquanto você está dentro dela, sendo assim, você não envelhece nada de sua vida, você apenas aguarda por dias melhores. Isso faz com que você viva apenas dias felizes e dias sem problemas, de acordo com a programação que faz.

        Mas... essa coisa fantástica de controlar o tempo é altamente cativante e um tanto perigosa. E Vitória descobriu da pior forma. Ela de repente desperta de sua máquina desorientada, por uma senhora chamada Rosa e tudo ao seu redor está aos pedaços. O mundo está deserto, está tudo tomado por plantas e animais, as casas caindo aos pedaços. E vários, vários túmulos fechados. As pessoas se enclausuraram e ninguém sabe por quê. Em busca de respostas, Vitória aceita que Rosa lhe conte uma história, pois não há nada mesmo que possa fazer a não ser confiar nessa estranha que lhe libertou de seu túmulo do tempo.


        A história que Rosa lhe conta é da princesa Obisidiana e de como ela também foi refém das loucuras que as pessoas fazem para driblar a passagem do tempo. A medida que a história se desenrola, Vitória começa a perceber que há uma grande familiaridade com o que está acontecendo com o mundo agora e a história da princesa – e as perspectivas não são nada otimistas. Mas Vitória está disposta a ajudar e fará de tudo para poder ver seus pais novamente. Afinal, eles também estão reféns da ilusão de se viver eternamente dias bons.


Ninguém conquista o mundo, se não conquista o tempo. 

        Nossa, gente... que livro maravilhoso! Eu simplesmente adorei! As sacadas do autor são ótimas, é aquele tipo de livro inteligente, que nos faz refletir sobre muitos aspectos. É uma delícia quando a gente se depara com livros assim, que aguçam nossa curiosidade e traz as reflexões aos pouquinhos, deixando nossa curiosidade alerta a cada virar de página. Obsidiana é uma personagem muito instigante e ao mesmo tempo refém de uma loucura imaginada por seu pai. Ela é uma princesa enclausurada e sufocada pela magia do tempo. E ao mesmo tempo ela acaba se tornando símbolo de uma sociedade também doente e sedenta de milagres e bons presságios. O autor nos provoca constantemente, trazendo a tona questões como adoração de símbolos e falsos deuses, sobre a fragilidade do ser humano que pensa como a massa pensa, sobre a nossa falsa ilusão de sermos controladores do tempo. Um livro que é uma pérola, um achado, que deve ser lido de forma bastante carinhosa e reflexiva, para trazer aquele sentimento de choque mesmo e para nos mostrar que nem sempre a vida é feita somente de dias bons e finais de semana, e nos convida a sair da redoma e nos arriscar a viver, simplesmente. Favoritei esse livro, e só te dou uma condição: Leia! e se apaixone também. 


- Então me diga, Obsidiana, quais são as noticias do mundo do tempo?

Sinopse:
Quando as coisas não vão nada bem e os economistas preveem uma enorme crise financeira, a família de Vitória – assim como o resto do mundo – decide se esconder em suas misteriosas caixas pretas à espera de tempos melhores. No entanto, após vários anos, a caixa de Vitória se abre e a menina se vê em uma cidade em ruínas. 

Sem rumo, ela caminha por prédios e ruas tomadas por florestas e animais selvagens, até chegar à uma casa onde crianças se reúnem em torno de uma senhora para ouvir a história de um rei ganancioso que conquistou o mundo, mas desejava conquistar o tempo. Para poupar sua bela princesa dos dias escuros e sombrios, normais ou sem valor, ele a coloca em uma caixa mágica transparente como cristal, mas feita de uma seda de teia de aranha tão densa que o próprio tempo não consegue penetrar. 

Vitória aos poucos percebe uma conexão entre sua própria história e a do reino mágico. Junto com seus novos amigos, ela precisa encontrar uma forma de consertar o mundo antes que seja tarde demais. 

“Nunca vi uma história em que aventura, ficção científica, conto de fadas e drama contemporâneo estivessem tão bem amarrados, tudo ao mesmo tempo” – Arguimbau

Vencedor do Icelandic Literary Award
Vencedor do Icelandic Bookseller’s Award
Vencedor do West Nordic Children’s Book Award

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