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Livro: Tipos incomuns (algumas histórias)
 Autor (a): Tom Hanks
Editora: Arqueiro / Gênero: Crônicas / Contos
Páginas: 352 / Ano: 2017
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        Ei pessoal! Tudo bem por aí? Olha a belezinha da resenha de hoje: Tipos Incomuns, do já ator e roteirista Tom Hanks, publicado neste final de ano pela editora Arqueiro. Num é que o nosso querido Tom resolveu se aventurar no mundo dos livros? E olha, eu não poderia conferir de perto o nascimento do seu primeiro livro, já que sou mega fã desse ator!
 

        Devo mencionar que: também o adorei na forma de autor! Ele me surpreende a cada dia, esse meu amigo Tom (mega íntima hahah). Em Tipos Incomuns não vamos encontrar uma única história, mas uma reunião de dezessete contos/crônicas dos mais variados assuntos da vida cotidiana.

E o Tom usou um elo, uma sacada muito legal para unir as histórias que são totalmente distintas (exceto pelo primeiro e último conto que contam com os mesmos personagens, mas em situações diferentes) – uma máquina de escrever. Pois é, uma máquina de escrever é citada em cada história, de maneira mais evidente, ou menos aparente, mas uma máquina de escrever sempre faz sua aparição como personagem. Eu fui xeretar e o livro fala que o Tom Hanks é colecionador de máquinas de escrever antigas, ele tem mais de 100 modelos em sua casa. Olha, eu acho que é um negócio bem legal de se colecionar mesmo, porque eu amo máquinas de escrever antigas! Elas são tão lindas! Colecionaria fácil, fácil (lógico, se eu tivesse um pouquinho mais de dinheiro pra isso e espaço para guardar hahaha).

       Um dos gêneros que mais gosto de ler são crônicas e contos, então imagina minha cara de felicidade quando eu soube que o livro era assim, todo divido em várias mini histórias. E gente, sério, eu me envolvi demais em cada história. Uma das qualidades do Tom como escritor é que em poucas páginas parecia que eu tinha lido um tantão da vida das pessoas que ele estava ali, relatando. E, em algumas das histórias, eu ficava de coração partido quando percebia que estavam chegando ao fim. Porque ele escreve tão, mais tão bem, que dá vontade de ficar lendo e lendo, mesmo que sejam relatos da mais pura vida cotidiana.


       Vou falar um pouquinho das histórias que mais gostei:

       História – Três semanas exaustivas: essa foi a primeira história, e o Tom me fisgou bem ali, já logo no começo hahah. Esse conto conta a vida de um casal de amigos, que de repente, sem mais nem menos resolvem se envolver um pouco mais. Mas o cara é um desligado do mundo, não faz uma atividade física, é lento até pra trocar os passos. Anna, a garota, bem sucedida, ligada nos 220, já logo nos primeiros dias começa a mudar radicalmente a vida do cara, impondo mudanças no cardápio, novas tarefas, corridas pelos quarteirões. A gente acha que vai funcionar, a medida que o conto avança, mas... será? Alguém consegue agüentar tanta mudança assim de repente? – Super amei essa história, queria até um pouco mais, daí quando vi que a última crônica do livro trazia os mesmos personagens novamente, fiquei emocionada! Rsrs.

        História – Véspera de Natal de 1953: Virgil está comemorando mais um Natal com sua família, depois de fechar sua pequena loja próxima de sua casa. Lá vai encontrar dois filhos: um mais velho, que já tem idade para saber que Papai Noel não existe, mas novo o suficiente para se deslumbrar com o espírito natalino ainda, uma mais nova que ainda acredita no bom velhinho e o seu irmão tem a tarefa de continuar a fazer com que ela acredite. Virgil também vai encontrar sua esposa, com o pequeno caçula no colo, que só acredita ainda no que vê, nem entende o mundo completamente ainda. O ambiente criado nessa história é muito doce, até que Virgil recebe um telefonema de um de seus amigos do tempo da guerra. Fleches salpicam seus olhos, fazendo o se lembrar de tudo, e de repente de como é sortudo por ter sobrevivido. Uma linda história também, que fez ficar emocionada.

        História – Uma viagem à Cidade Luz: Essa história tem um tom mais engraçado, vai contar a história de um ator recém contratado para um filme de sucesso. Aquele tipo de ator que até agora na vida havia feito apenas poucos papéis, recebe de repente um convite para atuar ao lado da mais famosa estrela do cinema atual. Quando dizem que ele irá de graça promover entrevistas e reportagens para o filme em Paris, o pobre coitado acha que vai conseguir se divertir, mas só consegue ver poucos fleches do dia, entre uma coletiva de entrevistas e outra. Até que algo acontece... – sério, essa crônica ficou bem bacana e divertida, um retrato muito real do que realmente acontece no show bis.

        História – Um mês na Greene Street: Acho que essa foi a história que eu mais gostei no livro todo. Fiquei com uma dó quando terminou! Conta a vida de uma recém separada que comprou uma nova casa na Greene Street. Lá ela se mudou com seus dois filhos e já estava de saco cheio dos homens na sua vida, então queria ficar ali naquela casa, de boa, sem que ninguém interferisse no seu novo habitat. Há, ela também tinha umas “visões” se é assim que podemos chamar. Previsões do que aconteceria no futuro caso ela desce mole para alguma situação. E eis que de repente acontece de um vizinho também solteiro resolver fazer aparições periódicas na sua porta, ora lhe trazendo um presunto de boas vindas, ora lhe convidando para algum programa a noite, ora lhe avisando que tem um telescópio e que é possível ver júpiter e saturno, caso ela queira. Bette, a nova desquitada, tenta se safar de toda e qualquer investida, mas por quanto tempo ela vai conseguir resistir ao destino? Um conto super espirituoso, que eu adorei acompanhar. Quando ele terminou parecia que eu tinha lido um livro inteiro a respeito dessa história, porque ficou muito completo, mesmo em poucas páginas. Amei muito!

        História – Estas são as reflexões do meu coração: Esse conto foi tão sensível e lindo! E o que a participação da máquina de escrever teve mais evidência. Conta a vida de uma moça que acabou de terminar com o namorado bocó. Quando em uma feira dessas que igrejas fazem para angariar fundos, tipo um brechó, encontra uma máquina de escrever antiga e resolve comprá-la. Custou apenas 5 dólares, então, tanto faz! Só que quando chegou em casa e resolveu usá-la, percebeu que as teclas estavam enroscando e a tecla de espaço não estava funcionando direito. Procurou por lojas próximas de sua casa para poder concertar e encontrou uma. Levou toda feliz e saltitante sua nova máquina de escrever para ser concertada. Descobriu, infelizmente, porém, que aquela se tratava de uma máquina de escrever um pouco... diferente. Uma conversa sobre máquinas de escrever com o senhor dono da loja se iniciou e o desfecho dessa história foi tão mágico e esperançoso que fiquei com os olhos brilhando quanto terminou.

        Ainda tiveram outros contos, um até em forma de texto de roteiro para uma peça, outros em formato de recortes de jornais. A última história trouxe os personagens da primeira e contou uma situação sobre jogos de boliche muito divertida também. Minha conclusão final foi: não atrapalhou em nada o Tom Hanks já ser mundialmente conhecido como um ótimo ator e roteirista. Ali ele estava em outro cenário, um Tom Hanks recém autor, frágil e lindamente exposto. Conhecer uma pessoa que a gente admira tanto de um outro modo é muito bacana. Parece que a gente fica ainda mais intimo e próximo do nosso ídolo. E que ótimo que ele escreveu um bom livro. Porque dá aquele medo né, da gente enquanto leitor de ler algo ruim só porque ficou famoso porque quem escreveu já é famoso, entende? Rsrs. Só digo que, depois de ler esse livro, sou ainda mais fã de Tom Hanks! Tom, amigão, continue a escrever livros, vou ler todos, pode ter certeza.

         Obs: aqui vai um detalhe curioso. Várias histórias enquanto eu lia imaginava a voz do Tom Hanks, hahah. Aquelas que eles usam nas dublagens brasileiras, que já tem mega a cara dele. Foi divertido! 


Sinopse:
Um affaire agitado e divertido entre dois grandes amigos. Um ator medíocre que se torna uma estrela e se vê em meio à frenética viagem de divulgação de um filme. O colunista de uma cidadezinha com um ponto de vista antiquado sobre o mundo. Uma mulher se adaptando à vida na nova vizinhança após o divórcio. Quatro amigos e sua viagem de ida e volta à Lua num foguete construído num fundo de quintal.



Essas são apenas algumas das pessoas e situações que Tom Hanks explora em sua primeira obra de ficção. Os contos têm algo em comum: em todos, uma máquina de escrever desempenha um papel — às vezes menor, às vezes central.

Conhecido por sua sensibilidade como ator, Hanks traz essa característica para sua escrita. Ora extravagante, ora comovente, ocasionalmente melancólico, Tipos incomuns deleitará e surpreenderá seus milhões de fãs.

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